É um blog de caráter doutrinário/teológico o com uma visão unitarista. Já são várias postagens da nossa autoria e de outros autores com essa proposta. Acesse clicando no banner acima e conheça. Obrigado!

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Uma visitinha ao cemitério


Por Levi Costa

Incluir uma visitinha ao cemitério após uma realização ou depois de uma grande conquista pessoal, é de bom alvitre, pois nos fará conscientes de que nada nesta vida fará do homem um ser infalível ou imortal, por mais extraordinário e grandioso que tenha sido seu feito. E para completar o passeio, confira nas lápides dos túmulos os nomes dos ilustres ocupantes dos mesmos, você verá que ali se encontram muitos dos grandes que passaram por este curto tempo chamado vida, independente de quem eles tenham sido e do que tenham conquistado. Portanto, o cemitério é o destino comum a todos os homem, grandes e pequenos, sábios e ignorante, jovens e velhos, ricos e pobres, crentes ou ateus, em fim, a todos. Pense nisso meu caro amigo mortal, assim como eu. 

Quando um sujeito morre, e no velório todos lamentam apenas a dor da viúva e dos filhos do falecido, é sinal de que o tal não fez muita diferença quando vivo e não vai fazer muita falta depois de morto.

A vida é uma corrida

Aquele que não se dispõe a correr na vida, não sairá do lugar em que se encontra e, consequentemente, não chegará a lugar algum, mesmo que viva almejando por algo ficará apenas no desejo, jamais viverá a realização de tal desejo. Contudo, convém dizer que essa corrida não é de velocidade, é ela uma corrida de persistência e perseverança que dura a vida toda. Viver, portanto, é a prática daquilo que definimos de nós mesmos como pessoa no mundo. Vamos agregando conceitos e valores à nossa formação pessoal em busca de definirmos quem somos, no que cremos e o que faremos da vida.

Eu sou um indivíduo que pensa muito na vida. Acho que a vida é muito breve, passageira, por isso mesmo é que eu procuro não ser estéril nos anos que me restam. Fazer, realizar e produzir são coisas que devem ocupar todos os dias dessa nossa breve caminhada existencial, ela logo passará e já não será mais, restando apenas a história de quem fomos e do que fizemos.

sábado, 22 de outubro de 2016

Espanto: a origem do pensar


Por Alfredo Carneiro

Acordamos em nossa casa, em nossa cama, tudo está no seu devido lugar. As coisas da casa são as coisas conhecidas de sempre, e nos preparamos para ir à escola, ao trabalho ou para prosseguir nosso cotidiano. Os problemas enfrentados são quase sempre os mesmos, a linguagem usada é a mesma, com a inclusão de uma ou outra palavra nova. O transito segue seu fluxo com engarrafamentos, barbeiragens e pequenas alegrias (como encontrar um bom lugar para estacionar). Encontramos nossos amigos e familiares, contamos piadas, brigamos e nos divertimos. Tudo acontece conforme previsto. De certa forma, essa vida previsível é um conforto que nos agrada. Mas, de repente, surge um evento inesperado, um acidente trágico, um pássaro que pousa em nossa janela, um beijo roubado, um garoto na rua lhe implora: “estou com fome, me ajude”. Um espanto assombroso toma conta de nós, mas não de todos, apenas daqueles que levam consigo um incômodo misterioso. No espanto, nasce o filósofo.

Espantados, passamos a questionar. Por que isso é assim e não de outra forma? Por que essa flor nasce e morre tão rapidamente? Por que ninguém ajuda esse garoto? O que é a morte? E o que é viver? O que é amar? Aquele que se espanta muitas vezes fica assombrado com algo que, para as outras pessoas, é absolutamente normal. Isso é o filósofo: aquele que vê no óbvio algo incrível. Quando ele consegue dar voz ao seu espanto, as pessoas se surpreendem. Se é algo que fere gravemente as verdades estabelecidas, então o filósofo é chamado de louco ou condenado à morte como Sócrates ou Giordano Bruno. Uma vez que o espanto toma conta de nós, todas as demais “coisas importantes” de nossa vida tornam-se insignificantes ou assumem um significado mais profundo...

Sócrates, Aristóteles, Schopenhauer e até grandes cientistas como Einstein entregaram-se ao maravilhamento. Admirar-se com aquilo que ninguém vê é o primeiro sinal de que estamos pensando com mais profundidade. Para os pensadores gregos, a origem do pensar é aquilo que eles chamaram de thauma (trauma, espanto, perplexidade).

Espantar-se, contudo, não é suficiente. Do espanto surge a dúvida, o questionamento e a investigação. Quem se admira não se conforma com o que lhe é apresentado e acaba buscando novas respostas. A filósofa alemã Hannah Arendt ficou perplexa com o comportamento do carrasco nazista Adolf Eichman durante o julgamento de Jerusalém. Ele acreditava firmemente que não tinha feito nada de errado (matar milhares de judeus) pois estava “apenas cumprindo ordens”. Todos esperavam que Arendt o rotulasse de monstro, porém, ela chocou a todos ao afirmar que Eichman não era sequer antissemita, mas apenas um sujeito raso e medíocre que agia de forma irrefletida. Era alguém absolutamente normal. Nascia assim o famoso conceito de “mal banal“, onde Arendt nos mostra como são possíveis as grandes tragédias de nosso tempo graças à massa de pessoas que vivem sem pensar, conformando-se com a violência e a injustiça, como se fossem coisas normais. O mal de nosso tempo, então, repousa naqueles que não se espantam com mais nada.

Fonte: netmundi.org

Seja útil, seja alguém!


Por Levi Costa

Não se sinta um derrotado por ter tentado e ter errado, orgulhe-se antes pelo fato de você não ter ficado inativo sem fazer nada. Acertos e erros é parte da nossa condição humana, é algo próprio do ser humano normal e faz parte do processo natural da vida. É por meio do processo de acertos e erros que aprendemos e crescemos rumo à maturidade.

Eu prefiro sofrer as consequências dos meus próprios erros do que viver a lamentar a oportunidade perdida por medo de errar. Na verdade, o medo é de grande valia quando nos faz ponderar, sem o medo moderado podemos nos precipitar, mas que esse medo não se transforme em pânico vindo a nos neutralizar nos fazendo parar. Diante de determinada situação, é válvula de escape dizer não posso, quando mais honesto seria dizer não quero. A frase "não posso", é própria do vocabulário daquele que nunca virá a ser. 

Saiba que boa intenção não passa de mera intenção, pois entre a teoria e a prática está você. Então, pense para compreender; compreenda para mudar e mude para crescer. Sem mobilizar qualquer ação, é falso afirmar sentir pela situação. Aquele que se omite e nada faz, será ele mesmo um nada no processo, pois até mesmo a opção em não ser é também uma forma de ser ao contrário. 

É na paciência da caminhada rumo aos nossos objetivos e propósitos que vai se desenvolvendo a firmeza de uma personalidade perseverante. Persistência é a capacidade de resistir as adversidades; perseverança é a capacidade de progredir a pesar das adversidades. Se desejamos chegar a algum lugar diferente do atual onde estamos, a primeira coisa a fazer é sair de onde nos encontramos no momento. Não importa se a caminhada vai ser longa, o que importa é saber que estamos no rumo certo.

Longe é um lugar que jamais existirá se tivermos motivos suficientes para superarmos os obstáculos que se levantam entre nós e os nossos sonhos, pois não haverá grandes realizações se não houverem grandes sonhadores, contudo, se para alcançar é necessário sonhar, para realizar é preciso acordar. Vitória, todos querem a sua, mas o que é vitória se não a luta vencida? Então, sê forte e vença a tua luta e terás a tua vitória. Ser forte não é o mesmo que ser infalível, não é ser invencível, é ser apenas você com a determinação de vencer. 

O nosso hoje é ferramenta para a construção do nosso amanhã, pois o futuro é construído do somatório das escolhas que fazemos e das decisões que tomamos no aqui e agora da vida. A vida pode se tornar um dilema para nós se não tivermos um ideal para viver, o jovem dirá: para que tempo e energia sem dinheiro? O adulto dirá: para que dinheiro e energia sem tempo? E o velho dirá: para que tempo e dinheiro sem energia?! 

O tempo não para, ele passa e leva consigo o que temos de melhor, a saber: a saúde, o vigor, a vida, mas, só acaba quando termina. Não comemore antes da hora, e não desista também. O cronômetro de nossa vida continua acionado e muita coisa ainda pode acontecer. É apenas uma questão de tempo no tempo do qual fazemos parte e nele estamos inseridos

Portanto, procure respostas para as questões e solução para os problemas, então serás lembrado pela posteridade como alguém que fez a diferença em viver. Não podemos saber sem dizer e não devemos dizer sem fazer, assim, viva fazendo e saiba dizendo, seja útil, seja alguém! Pois aquele que perde o seu tempo envolvido com o que é inútil, terminará por se tornar um inútil também. 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Dez razões porque todo líder deve ser um leitor


“Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos”. 2 Timóteo 4.13 

A leitura é um dos hábitos mais essenciais de todo líder. Quem não lê, não tem o que oferecer, é vazio, não possui argumentação, não tem subsídios necessários para as demandas da carreira ministerial e vivência cristã. Infelizmente muitas ovelhas estão famintas e desnutridas porque seus líderes não podem dar o que não possuem. 

1- Leia para seu crescimento intelectual – Você desenvolve sua mente quando se dedica a leitura. A mente humana é igual a um músculo, quanto mais trabalhada, mais evolui. 

2- Leia para seu crescimento espiritual – Em 2 Tm 4.13 Paulo solicita livros e pergaminhos, pois conhecia a importância da leitura em sua vida espiritual. E a Palavra registra várias passagens que exortam a leitura diuturnamente. 

3- Leia para desenvolver um estilo de pregação e de ensino – A leitura auxilia em vários aspectos, como na elaboração de sermões, estudos, aconselhamentos, etc. 

4- Leia para aprimorar o seu idioma – Facilmente percebemos quando uma pessoa não é dada a leitura, pois sua comunicação é deficiente, seu vocabulário é raso e sua argumentação é superficial. 

5- Leia para ter comunhão com grandes mentes e grandes pessoas – Nem todos possuem condições de estar pessoalmente com pessoas de mentes brilhantes. Mas através da leitura é possível absorver seus conhecimentos. Até mesmo de grandes líderes do passado. 

6- Leia para aprender a escrever – A cultura brasileira não é das melhores, e nossa educação muito menos, mas a leitura é forte aliada na transformação desta realidade. Quando lemos, aprendermos a raciocinar, falar e também a escrever. 

7- Leia para adquirir novas informações – Como é difícil conversar com uma pessoa que sempre reproduz as mesmas coisas. O que não acontece com os leitores, que sempre possuem novidades, e alguns, em diversas áreas da vida. 

8- Leia para desenvolver suas habilidades de liderança – Alguém que gasta mais dinheiro em livros que em comida e vestuário é destinado à liderança. As pessoas bem sucedidas fazem diariamente o que os fracassados fazem esporadicamente. Se você deseja ser alguém grande no futuro, desenvolva hábitos dos grandes no presente. 

9- Leia porque uma pessoa que não lê, não é melhor do que uma que sabe ler –Todos os humanos possuem suas qualidade intrínsecas. O mais indouto ser humano possui uma gama de sabedoria natural. Mas para certas posições e cargos, Deus precisa de pessoas mais bem preparadas. Deus usou até um analfabeto, mas não poderia colocá-lo no lugar de Moisés ou de Paulo. 

10- Leia para que você esteja entre os 20% da sociedade que estão no topo– Você sabia que os 20% de toda a sociedade que está no topo compra livros? Junte-se aos 20% da sociedade que está no topo e alcance patamares melhores em todos os âmbitos de sua vida. A leitura não irá lhe ajudar somente no reino de Deus, mas no seu trabalho, em casa, nos estudos, etc. Você determina onde vai chegar! E uma das maneiras de revelar seu futuro é analisando o quanto você investe em leitura. E disse Jesus: Crescei na graça e no conhecimento! 

Baseado no livro a "Arte da liderança"- Autor Dag Heward-Mills - pág. 114-115.

Fonte: Semeador Fiel

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Milagre e leis na natureza


Por Levi Costa 

Milagre da natureza, você já deve ter ouvido essa frase, pois ela é bastante comum. Mas o que essa frase representa na prática? Para um evolucionista, quer dizer que a força da natureza é a causa que leva a efeito todos os fenômenos naturais, sejam no plano macro ou microcósmico. O panteísta, ele vê a divindade na natureza quando afirmam que deus é tudo e tudo é deus, ou seja, eles confundem a criação com o criador, portanto, a natureza é capaz de operar milagres por si mesma.

E para um teísta, como ele vê essa questão? Por certo o teísta, como criacionista que é, não vê a afirmação em questão (milagre da natureza), da mesma forma que nos casos anteriores. Aliás, do ponto de vista teísta, a afirmação seria mais apropriada se colocada de outra forma, ou seja: milagre "na" natureza, e não "da" natureza, por entender que o agente que opera o milagre deve ter consciente de si mesmo e de tudo o mais no Universo. Daí, não ser possível que a própria natureza seja esse agente que opera o milagre. 

Assim, se faz necessário um agente externo, que não se confunde com a natureza, esse agente só pode ser Deus, o Criador do Universo, portanto, o Criador da própria natureza. Quando vemos algo extraordinário na natureza/criação, atribuímos isso a uma operação do Criador, Deus. Milagre, por definição, pode ser classificado como algo fora e além do curso normal das leis que regem a natureza, só o Criador pode fazer tal alteração das leis que Ele mesmo criou para a boa ordem e equilíbrio das coisas criadas, portanto, um milagre na natureza a partir das leis que a rege. 

Essas leis, assim como os milagres na natureza, não é obra do acaso, nem tão pouco a consequência evolutiva de um processo ao longo de bilhões de anos. É preciso muito mais fé para acreditar em tal processo, que culminou no que existe hoje, do que crer na existência de um Criador de todas as coisas que há na natureza e das leis inerentes a ela. A lógica nos diz que para existirem leis, se faz necessário àquele (ou àqueles), que às elaboraram tornando-as definitivas e normativas para a devida aplicação prática. Nós atribuímos à natureza/criação como sendo o trabalho do Supremo Legislador do Universo, sábio e Todo-Poderoso, Deus! 

Eu, em momento algum me refiro à natureza dizendo ser ela incrível, perfeita, sábia por aquilo que me traz admiração ao contemplá-la. Na verdade, eu não atribuo nada à natureza em si, mas a DEUS, O Grande Design Inteligente, Sábio e Todo Poderoso, onde a própria CRIAÇÃO (natureza), manifesta a glória de Deus mediante a exuberante obra de Suas mãos criadoras. Como diz o salmista:

"Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos." - (Sl 19.1);
"Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios." (Sl 24.1,2).

A Bíblia é o manual da criação divina, ela está repleta de registros dos milagres operados por Deus e através daqueles a quem Deus usou para tal. A Bíblia, a palavra de Deus, é O Livro de registro dos milagres do Criador, mediante a Sua operação na natureza através de suas leis. Portanto, podemos afirmar que: milagre é uma especialidade de Deus, Ele é o Deus dos milagres. Mas, constitui-se um grande milagre, crer em milagre mesmo quando não há nenhum milagre para crer, pois, em matéria de fé, a Palavra de Deus nos basta! Por isso, ao Deus Criador seja a glória hoje e eternamente, amém!

Quando uma astrofísica ateia se converte a Cristo

"Eu percebi que existe uma
ordem no Universo"
Uma história turbulenta, que, entre estudos rígidos e sofrimentos profundos, chegou à plenitude em Jesus.

Repercutiu em sites de todo o planeta, recentemente, o testemunho de Sarah Salviander, pesquisadora do Departamento de Astronomia da Universidade do Texas e professora de Astrofísica na Universidade Southwestern. A incrível história da sua conversão a Cristo começa com os seus estudos científicos e culmina com a morte da filha. Vale a pena investir cinco minutos em ler o depoimento dela. 

"Eu nasci nos Estados Unidos e fui criada no Canadá. Meus pais eram ateus, embora preferissem se definir como ‘agnósticos’. Eles eram carinhosos e mantinham uma ótima conduta moral, mas a religião não teve papel nenhum na minha infância". 

"O Canadá já era um país pós-cristão. Olhando em retrospectiva, é incrível que, nos primeiros 25 anos da minha vida, eu só conheci três pessoas que se identificaram como cristãs. A minha visão do cristianismo era intensamente negativa. Hoje, olhando para trás, eu percebo que foi uma absorção inconsciente dessa hostilidade geral que existe no Canadá e na Europa em relação ao cristianismo. Eu não sabia nada do cristianismo, mas achava que ele tornava as pessoas fracas e tolas, filosoficamente banais". 

Aos 25 anos, quando abraçava a filosofia racionalista de Ayn Rand, Sarah entrou em uma universidade dos EUA: "Entrei no curso de Física da Eastern Oregon University e percebi logo a secura e a esterilidade do objetivismo racionalista, incapaz de responder às grandes questões: qual é o propósito da vida? De onde foi que viemos? Por que estamos aqui? O que acontece quando morremos? Eu notei também que esse racionalismo sofria de uma incoerência interna: toda a sua atenção se volta para a verdade objetiva, mas sem apresentar uma fonte para a verdade. E, embora se dissessem focados em desfrutar a vida, os objetivistas racionalistas não pareciam sentir alegria alguma. Pelo contrário: estavam ferozmente preocupados em se manter independentes de qualquer pressão externa". 

A atenção da jovem se voltou completamente ao estudo da física e da matemática. "Entrei nos clubes universitários, comecei a fazer amigos, e, pela primeira vez na minha vida, conheci cristãos. Eles não eram como os racionalistas: eram alegres, felizes e inteligentes, muito inteligentes. Fiquei de boca aberta ao descobrir que os meus professores de física, a quem eu admirava muito, eram cristãos. O exemplo pessoal deles começou a me influenciar e eu me via cada vez menos hostil ao cristianismo. No verão, depois do meu segundo ano, participei de um estágio de pesquisa na Universidade da Califórnia, num grupo do Centro de Astrofísica e Ciências Espaciais que estudava as evidências do Big Bang. Era incrível procurar a resposta para a pergunta sobre o nascimento do Universo. Aquilo me fez pensar na observação de Einstein de que a coisa mais incompreensível a respeito do mundo é que o mundo é compreensível. Foi aí que eu comecei a perceber uma ordem subjacente ao universo. Sem saber, ia despertando em mim o que Salmo 19 diz com tanta clareza: ‘Os céus proclamam a glória de Deus; o firmamento anuncia a obra das suas mãos’".

Depois desse insight, a razão de Sarah foi gradualmente se abrindo ao Mistério: "Comecei a perceber que o conceito de Deus e da religião não eram tão filosoficamente banais como eu pensava que fossem. Durante o meu último ano, conheci um estudante finlandês de ciências da computação. Um homem de força, honra e profunda integridade, que, assim como eu, tinha crescido como ateu num país laico, mas que acabou abraçando Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal, aos 20 anos de idade, graças a uma experiência particular muito intensa. Nós nos apaixonamos e nos casamos. De alguma forma, mesmo não sendo religiosa, eu achava reconfortante me casar com um cristão. Terminei a minha formação em física e matemática naquele mesmo ano e, pouco tempo depois, comecei a dar aulas de astrofísica na Universidade do Texas em Austin". 

A penúltima etapa da jornada de Sarah foi a descoberta, também casual, de um livro de Gerald Schroeder: “The Science of God” [“A Ciência de Deus”]. "Fiquei intrigada com o título e alguma coisa me levou a lê-lo, talvez o anseio por uma conexão mais profunda com Deus. Tudo o que sei é que aquilo que eu li mudou a minha vida para sempre. O Dr. Schroeder é físico do MIT e teólogo. Eu notei então que, incrivelmente, por trás da linguagem metafórica, a Bíblia e a ciência estão em completo acordo. Também li os Evangelhos e achei a pessoa de Jesus Cristo extremamente convincente; me senti como quando Einstein disse que ficou ‘fascinado com a figura luminosa do Nazareno’. Mesmo com tudo isso, apesar de reconhecer a verdade e de estar intelectualmente segura quanto a ela, eu ainda não estava convencida de coração". 

O encontro decisivo com o cristianismo aconteceu há apenas dois anos, depois de um acontecimento dramático: "Eu fui diagnosticada com câncer. Não muito tempo depois, meu marido teve meningite e encefalite; ele se curou, felizmente, mas levou certo tempo. A nossa filhinha Ellinor tinha cerca de seis meses quando descobrimos que ela sofria de trissomia 18, uma anomalia cromossômica fatal. Ellinor morreu pouco depois. Foi a perda mais devastadora da nossa vida. Eu caí nas mãos do desespero até que tive, lucidamente, uma visão da nossa filha nos braços amorosos do Pai celestial: foi só então que eu encontrei a paz. Depois de todas essas provações, o meu marido e eu não só ficamos ainda mais unidos, como também mais próximos de Deus. A minha fé já era real. Eu não sei como teria passado por essas provações se tivesse continuado ateia. Quando você tem 20 anos, boa saúde e a família por perto, você se sente imortal. Mas chega um momento em que a sensação de imortalidade evapora e você se vê forçada a enfrentar a inevitabilidade da própria morte e da morte das pessoas mais queridas". 

"Eu amo a minha carreira de astrofísica. Não consigo pensar em nada melhor do que estudar o funcionamento do universo e me dou conta, agora, de que a atração que eu sempre senti pelo espaço não era nada mais do que um intenso desejo de me conectar com Deus. Eu nunca vou me esquecer de um estudante que, pouco tempo depois da minha conversão, me perguntou se era possível ser cientista e acreditar em Deus. Eu disse que sim, claro que sim. Vi que ele ficou visivelmente aliviado. Ele me contou que outro professor tinha respondido que não. Eu me perguntei quantos outros jovens estavam diante de questões semelhantes e decidi, naquela hora, que iria ajudar os que estivessem lutando com esses questionamentos. Eu sei que vai ser uma jornada difícil, mas o significado do sacrifício de Jesus não deixa dúvidas quanto ao que eu tenho que fazer".

Fonte: Notícias Cristãs

LIVRO: Por que a ciência não consegue enterrar Deus

Ser cristão, para os novos ateístas, priva a pessoa de qualquer qualidade racional. Todavia, cientistas e filósofos ilustres, como Bacon, Galileu, Newton, e Clerk Maxuell professavam acreditar num Deus criador inteligente, de cujo cérebro nascera o cosmos. Nesta batalha, os propagadores da ciência como religião esquecem-se de que, em grande parte, a própria ciência é um conjunto de crenças, muitas delas postuladas a partir de pressupostos improváveis fora da mera especulação. 

O debate entre cristãos e ateus sempre teve como campo de batalha mais áspero o ambiente científico... Para dar aos cristão embasamento científico suficiente para refutar os argumentos falaciosos com os quais os ateístas tentam esconder o fervor religioso e a parcialidade que nutrem contra as religiões, em especial a cristã, John C. Lennox escreveu Por que a ciência não consegue enterrar Deus. 

O autor expõe como os ícones do movimento ateísta falham crassamente ao rejeitar o que mais alardeiam: o debate honesto e racional sobre espiritualidade, fé e religião. Discutindo temas complexos como os limites da ciência, biologia natural e biosfera, design intencional e a teoria da evolução, Lennox prova que, como cientistas, os ateístas não querem descobrir a verdade sobre a existência de Deus.  

A questão central deste livro, no fim das contas, é, em essência, uma questão de visão de mundo: que cosmovisão se coaduna melhor com a ciência - o teísmo ou o ateísmo? A ciência sepultou ou não sepultou Deus? Vejamos aonde as evidências vão dar. 

O Autor: John C. Lennox é docente de Matemática da Universidade de Oxford. Ocupa as cátedras de Matemática e Filosofía da Ciência e é conselheiro pastoral nop Green templeton College, também na Universidade de Oxford.

Editora: Mundo Cristão.

Fonte: Das orelhas e da contra capa do próprio livro. 

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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O ato de filosofar

Por Levi Costa

Filosofar é preciso

Filosofar é uma forma de sair da mesmice da vida e ir além do óbvio. Quando filosofamos acerca da vida, estamos ultrapassando os limites de uma mente limitada que pensa dentro de um sistema de coisas previamente estabelecido. Assim, o ato de filosofar é o meio pelo qual podemos explorar além do comum e costumeiro. Quem vive dentro de um padrão de vida pré-definido e pré-estabelecido, não passa de um comum entre os demais, e, lamentavelmente, isso corresponde à maioria de nós.

Portanto, digo: "PensaMente", ou seja, use a mente para pensar, pois de todas as criaturas, somente nós, o homem, o ser humano, tem o dom e a capacidade para pensar. Nós não somos como os seres irracionais que vivem por meio do instinto, algo programado para ser e para fazer o mesmo em todo o tempo e o tempo todo. Aquele que não faz valer o ser racional que é, termina por se igualar àqueles que não tem outra opção a não ser e a fazer o mesmo de sempre por toda a vida.

Agora, eu pergunto, que graça tem em viver sem ser, sem fazer, sem preferir, sem escolher? Isso não é viver, é ver e não ser. Assim, digo o que sinto e faço o que sei, pois sei que posso tanto dizer quanto fazer dentro da liberdade a mim conferida, claro que essa liberdade traz consigo a responsabilidade por tudo aquilo que eu digo e faço. Então, digo o que sinto e faço o que sei, se assim, dizendo e fazendo, eu não venha prejudicar os outros ou a mim mesmo. Portanto, filosofar é preciso!

Filosofar, um modo de vida 

Filosofar termina sendo um modo de vida, pois a próprio fato de viver já é, por si só, um ato filosófico. Por exemplo, as famosas perguntas: Quem sou, de onde vim, para onde vou? Não é, por ventura, um modo de filosofar??? Por fim, posso dizer: EU sou um grande ponto de interrogação em busca de um ponto de exclamação. A isso denominamos VIDA! E o que é viver? Viver é aprender e apreender, é crescer rumo ao topo e nunca alcançá-lo, pois vivemos e aprendemos como ato constante e contínuo. E como já se diz: "é vivendo e aprendendo". Eu porém vos digo: é morrendo e aprendendo! Posto que, até mesmo na hora da morte podemos aprender alguma coisa.

Assim, somos eternos aprendizes nessa jornada chamada vida. Como disse o grande apóstolo: "Aquele que julga saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber". Ou como disse o grande filósofo, Sócrates (400 anos antes de Paulo): "De uma coisa sei, é que de nada sei". Assim, existem três tipos de pessoas em relação ao saber, ou seja: aquele que não sabe e não sabe que não sabe; aquele que não sabe e sabe que não sabe; e aquele que sabe e sabe que sabe. É isso!

O site conceitos.com no texto intitulado: "Filósofo", diz: "o homem comum reflete sobre o mundo de maneira simples e direta, pois não precisa de uma análise detalhada para viver com normalidade. O cientista investiga um problema da realidade e traz a solução certa. Já o filósofo adota outra postura, analisa algum aspecto da realidade a partir da razão e procura aprofundar-se rigorosamente nas ideias... Por este motivo, o filósofo é considerado um intelectual, ou seja, é capaz de ir mais além de uma determinada situação e apresenta uma reflexão ainda mais profunda... Existem alguns filósofos que consideram a filosofia uma atividade em decadência, pois ela não dá uma resposta aos problemas atuais. Num sentido contrário, outros defendem a tese de que é impossível não filosofar".

Eu vejo a filosofia como uma forma de pensar a vida sem tirar os pés do chão, ou seja, sem fantasia, sem devaneio e sem utopia, mas com a realidade que se constitui do dia-a-dia que vivemos, de modo concreto, real e objetivo. Filosofar é preciso, então faça do ato de filosofá um estilo de vida. 

Filosofia de Vida

Filosofia de vida é uma expressão que serve para descrever um conjunto de ideias e atitudes que fazem parte da vida de um indivíduo ou grupo de pessoas.

Por outro lado, existe também uma definição alternativa que mostra a filosofia de vida como a forma que uma pessoa decide viver. Em certas ocasiões, esta forma de ver a filosofia de vida está relacionada à religião, como é o caso do budismo, do cristianismo e do judaísmo.

Finalmente, existem também aqueles que usam a expressão filosofia de vida como sinônimo de estilo de vida.

Filosofia de vida e relações humanas

A filosofia de vida tem muito a ver com a busca pela sabedoria e o autoconhecimento. Neste sentido, as pessoas buscam uma série de normas, valores ou ideias que lhes permitem articular sua vida de maneira organizada, de forma que possam conseguir certa estabilidade pessoal.

Assim, é muito importante incidir a ideia que este conceito de filosofia de vida não é único, mas que varia conforme o contexto de cada pessoa, podendo estar enormemente influenciado por fatores sociais, políticos ou econômicos. É por isso que, em certas ocasiões, duas pessoas podem entrar em conflito por ter pontos de vista diferentes sobre a filosofia de vida. Normalmente estes choques acontecem por causa de diferenças culturais, o que leva a entender a vida com posições antagônicas.

Existe uma filosofia de vida correta?

Evidentemente essa é uma questão que não tem uma resposta simples e nem muito menos única. Entretanto, existem dois princípios essenciais que todas as pessoas deveriam incluir em sua filosofia de vida caso tivessem uma resposta afirmativa.

Em primeiro lugar, o fato de tentar viver da maneira mais digna possível, entendendo que a dignidade é um valor universal que define as pessoas boas, da mesma forma que a bondade, a generosidade, a honestidade, entre outras. Fazer o bem traz felicidade, uma maior satisfação e a sensação de missão cumprida, de tornar-se uma pessoa completa.

E por outro lado podemos citar também o fato de tentar ser útil. Os seres humanos precisam sentir que sua passagem pela Terra não foi em vão, de modo que possam deixar alguma marca, mesmo que em pequena escala e para outros seres mais próximos também. O caminho para a realização pessoal tem a ver com a ideia de que nossas ações tenham um efeito positivo para a sociedade e não apenas para nós mesmos.

Fonte: Conceito.com

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Existência de Deus: Argumento Moral


Reasonable Faith apresenta o trabalho do filósofo e teólogo Dr. William Lane Craig e visa fornecer, nos lugares públicos, uma perspectiva cristã inteligente, articulada e inflexível, sem deixar de ser graciosa sobre as questões mais importantes a respeito da verdade da fé cristã, tais como:

- a existência de Deus
- o significado da vida
- a objetividade da verdade
- o fundamento dos valores morais
- a criação do universo
- design inteligente
- a fiabilidade dos Evangelhos
- a singularidade de Jesus
- a historicidade da ressurreição de Jesus
- o desafio do pluralismo religioso

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Filósofo

Costuma-se dizer que o termo filósofo foi utilizado pela primeira vez por Pitágoras no século V a.C. Perguntaram a ele se era um sábio e ele disse que não, mas que na realidade era um philo shopos, ou seja, um amante da sabedoria. Esta anedota trouxe uma ideia aproximada da definição de um filósofo.

O homem comum reflete sobre o mundo de maneira simples e direta, pois não precisa de uma análise detalhada para viver com normalidade. O cientista investiga um problema da realidade e traz a solução certa. Já o filósofo adota outra postura, analisa algum aspecto da realidade a partir da razão e procura aprofundar-se rigorosamente nas ideias.

Há muitas maneiras de ser um filósofo. Alguns refletem sobre a moral (Sócrates é um bom exemplo), outros tentam criar um novo modelo social (assim como fez Platão em sua obra a República). Também há aqueles que acreditam que se deve analisar a linguagem para compreender a realidade (é o caso de Wittgenstein). Cada filósofo tem uma atitude intelectual diferente e dirige seus interesses para os diversos ramos da filosofia: a lógica, a ética, a epistemologia, a metafísica, etc.

O filósofo não é uma pessoa isolada no contexto histórico. Na verdade, ele procura refletir sobre os problemas de sua época, não do ponto de vista técnico (como faz um urbanista ou engenheiro), mas faz uma análise sobre aquilo que considera relevante do período que vive. Por este motivo, o filósofo é considerado um intelectual, ou seja, é capaz de ir mais além de uma determinada situação e apresenta uma reflexão ainda mais profunda.

O filósofo se dedica em pensar em algo que lhe preocupa e por isso costuma questionar as ideias. Normalmente um pensador age da mesma forma que um artista. O filósofo defende uma postura intelectual e para isso apresenta alguns argumentos teóricos que, por sua vez, se opõem a outras abordagens. Este procedimento (um confronto de ideias) é o mecanismo utilizado ao longo da história da filosofia.

Existem alguns filósofos que consideram a filosofia uma atividade em decadência, pois ela não dá uma resposta aos problemas atuais. Num sentido contrário, outros defendem a tese de que é impossível não filosofar.

Fonte: Conceitos.com

domingo, 2 de outubro de 2016

LIVRO: Jesus, o maior psicólogo que já existiu

Como os ensinamentos de Cristo podem nos ajudar a resolver os problemas do cotidiano e aumentar nossa saúde emocional. 

Pela primeira vez nos últimos cem anos, a psicologia volta o olhar para o tesouro inestimável contido nas lições de Jesus, que nos permitem ver a vida de forma mais simples e amorosa.

Examinando algumas das principais parábolas da Bíblia à luz do pensamento psicológico contemporâneo, Mark Baker foi capaz de extrair novos significados do conhecimento científico, empregando-os em seu trabalho como terapeuta. 

Para mostrar como esses ensinamentos de dois mil anos podem ser aplicados hoje em nossas vidas, em cada capítulo, Mark Baker conta a história de um paciente, indica a passagem bíblica à qual ela está relacionada e como sua compreensão ajudou no tratamento. 

Este livro mostra como essa sabedoria comprovada pelo tempo pode nos ajudar a lidar com nossos sentimentos e relacionamentos, tendo em mente o amor e a harmonia. 

Jesus, o maior psicólogo que já existiu faz uma abordagem original da relação entre ciência e religião, ligando os principais ensinamentos de Jesus às descobertas recentes da psicologia. 

Mark Baker demonstra por que a mensagem de Cristo é perfeitamente compreensível com os princípios da psicologia: ela contém a chave da saúde emocional e bem-estar e do crescimento pessoal. 

Em sua linguagem simples e cativante, ele mostra que, seja qual for a nossa crença ou filosofia de vida, todos podemos nos beneficiar da sabedoria daquele que, como diz o autor, foi o maior psicólogo de todos os tempos.

Sobre o Autor:

Mark W. Baker, Ph.D., é diretor-executivo da clínica La Vie Counseling Center e tem um consultório particular em Santa Mônica, Califórnia. Ele é muito solicitado como orador em igrejas, faculdades e reuniões de psicologia. 
Fonte: Das orelhas do próprio livro.

Estudar filosofia faz com que o desempenho escolar das crianças melhore, sugere pesquisa


Filosofia é o tipo de matéria com a qual a maioria de nós só entra em contato na faculdade. No entanto, um estudo realizado por uma entidade britânica revela que, quanto antes tivermos aulas de filosofia, melhor. Isso porque tais ensinamentos podem fazer com que o desempenho das crianças na escola melhore.

O estudo conduzido pela Education Endowment Foundation (EEF) avaliou os resultados do Philosophy for Children (P4C), um programa cujo objetivo é ensinar o básico de filosofia às crianças. O projeto é utilizado por algumas escolas da Inglaterra e, sua implementação, segundo o The Conversation, tem relação com a melhora do desempenho dos alunos em matérias como matemática e leitura.

O programa foca menos em filósofos específicos e mais na capacidade das crianças de realizarem questionamentos. Elas são estimuladas a participar de discussões, levantando questões como "Será que um coração saudável deveria ser doado para uma pessoa que não cuida de si mesma?" e "É aceitável que as pessoas usem símbolos religiosos no ambiente de trabalho?".

A EEF analisou os dados de 48 escolas primárias e 1,5 mil estudantes que tiveram as aulas de filosofia, além de outros 1,5 mil que não receberam as aulas no mesmo período, mas no ano seguinte. De acordo com a pesquisa, as crianças que tiveram as aulas primeiro mostraram uma melhora em seus desempenhos quando comparadas às que ainda não tinham contato com filosofia na época.

Os professores também perceberam essa melhora. "O feedback dos professores ao longo dos testes sugere que as sessões de filosofia criaram uma oportunidade de fazer com que os alunos se engajassem e desenvolvessem uma nova forma de pensar, ouvir, falar e argumentar na escola", explicam os pesquisadores. Eles afirmam que perceberam que as crianças se tornaram mais confiantes e pacientes ao participar dessas atividades.

Os dados indicam ainda que os estudantes mais pobres foram os que mostraram maior progresso durante esse processo. A implementação do programa custa cerca de 30 libras (R$ 156) por criança, com benefícios incríveis.

Fonte: Revista Galileu

sábado, 1 de outubro de 2016

Amor Platônico

Todo mundo já ouviu falar o termo amor platônico, certo? Mas você sabe de onde surgiu essa ideia? Amor platônico é o termo usado comumente para demonstrar a ligação amorosa entre duas pessoas. No entanto, o termo não é usado como a concepção de Platão, que descreve o amor ideal como algo puro e sem paixões, considerando estas cegas, materiais e falsas. Para ele, o amor baseia-se não em um interesse, mesmo que seja sexual, mas nas 

De onde surgiu o termo?

Marsilio Ficino, filósofo neoplatônico florentino, usou o termo amor platonicus pela primeira vez no século XV, como um sinônimo de amor socrático. As duas expressões têm como significado o amor focado no caráter e na inteligência de uma pessoa, e não de suas características físicas.

Platão definia o amor como o afeto que existia entre Sócrates e seus discípulos, e só ganhou uma nova concepção com Sir William Davenant, que publicou em 1636 a obra Platonic Lovers, em que baseou-se na concepção de amor da obra O Banquete, de Platão. Por ele, o amor era visto como a raiz de todas as virtudes e da verdade.

O Banquete, de Platão

Em seu texto “O Banquete”, Platão expôs a sua doutrina sobre o amor. O escrito relata uma festa na casa de Agatão, um poeta ateniense, onde Sócrates é o convidado mais importante. Por terem cometido exageros na festa anterior, os convidados sentiam-se fatigados, então Pausânias propôs que ao invés de beber na festa, discutissem. Dessa forma, Eriximaco sugeriu que todos fizessem elogios a Eros, fazendo discursos que louvassem ao deus do amor.

A partir disso, Sócrates então intervém: é preciso que, antes de falar sobre o bem causado pelo o amor, o amor em si seja definido. No texto, em meio às discussões, Aristófanes critica aos homens por sua insensibilidade diante de Eros, um deus tão amigável. Passou então a narrar o mito da unidade primitiva do homem. De acordo com o mito, existiam três gêneros que eram duplos de si mesmos: gênero masculino masculino, feminino feminino, e masculino feminino – chamado andrógino. Foram castigados pelos deuses, sendo divididos, passando a vida a procura de sua outra metade Dessa forma, ele explica o amor heterossexual e o amor homossexual.

Ele afirma que o amor é, nada mais do que o desejo e a procura da metade que perdemos devido à injustiça cometida contra os deuses, que separaram nossos gêneros originais em duas partes. Já Sócrates, em seu discurso, diz que o amor é algo que lhe falta e é desejado, pois ninguém sente falta de algo que já tem.

Fonte: Estudo Prático