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terça-feira, 27 de setembro de 2016

O Estado é laico, mas não é laicista, nem evangélico, é do povo brasileiro!

Por Levi Costa

Um dos grandes problemas no Oriente Médio é a dominação à força do chamado estado islâmico. O termo estado islâmico refere-se aos Estados que adotaram o Islã, mais especificamente a Sharia ou "Lei de Deus", tal como os seus fundamentos ideológicos para a sua instituição política. A real intenção dos radicais islâmicos é querer subjugar as demais nações ao seu governo e regime "teocrático" e totalitário.

Com isso, eu fico a pensar em nosso caso político brasileiro, ou seja, muitos evangélicos sonham com um presidente "evangélico" no governo do Brasil, por quê? Para qual propósito? Fazer do país um tipo de "Estado Evangélico", que venha ignorar os que não o são, e até mesmo impor a "nossa doutrina" a todos, quer queiram, quer não?

Por outro lado, enquanto não temos tal presidente dentre os nossos, ficamos a fiscalizar, rotular e a criticar esse ou aquele candidato que não preencha os pré-requisitos da nossa "cartilha", ou seja, em caso contrário, não serve para nós, mas o que dizer então daqueles (a maioria) que não confessam o nosso credo? Como legítimos cidadãos, eles também cumprem os seus deveres e obrigações com o Estado assim como nós, tendo, portanto, os mesmos direitos garantidos que nós.

Um exemplo clássico nessa questão é o dia 12 de outubro, Feriado Nacional, dia de aparecida, tida pelos católicos como padroeira do Brasil. Isso é questionado com veemente protesto por evangélicos em geral. Mas, por outro lado, queremos oficializado o dia da Bíblia, o dia do evangélico, etc,. E se os espíritas quiserem oficializar, por exemplo, "o dia de Allan Kardec"? E se outros reivindicarem "o dia de Zumbi dos Palmares", feriado nacional? E aí? Vamos protestar igualmente com a mesma veemência de sempre. Mas, não é isso que fazem os radicais em outros países? 

Lembremos que Jesus disse de seus discípulos ao Pai: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou." (Jo 17.15,16). Também disse dele "... O meu reino não é deste mundo" (Jo 18.36a).

O Brasil é uma Nação de grande miscigenação: europeia, africana, indígenas, etc,. Portanto, o Estado é laico, mas não é laicista, nem evangélico, é de todos nós igualmente. Quem governa, governa para todos e não para um segmento específico da sociedade, seja ele qual for. É ele o "governo do povo, pelo povo e para o povo", O POVO BRASILEIRO!

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