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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A pós-modernidade e a verdade de Deus


Por Levi Costa

Um dos grandes problemas do mundo em que vivemos é que todos têm que ser, tem que fazer e tem que dizer o que todo mundo é, diz e faz. Ser diferente no individual hoje é contrariar o aspecto geral, é andar na contramão do curso natural da vida pós-moderna. Aqui surge o problema, quando o modo de vida do indivíduo e da sociedade passa a ter como parâmetro o conceito padrão estabelecido pelo pós-modernismo, quando a conduta da pessoa é vista com maus olhos se não estiver de acordo com o “padrão” atual. Tal padrão diz respeito ao “politicamente correto”, principalmente no dizer, no tocante a opinião pessoal. Assim, em nome de uma ideologia igualitária, se estabelece um tipo de ditadura da opinião, o que na prática não passa de mera hipocrisia, pois não é possível que toda a sociedade se enquadre em um único conceito-padrão, posto que a vida em sociedade é ampla e diversificada na vida dos indivíduos que a compõem. 

O que se pode constatar é um grande contrassenso (ato ou dito contrário à boa lógica, à razão; disparate) da visão pós-moderna, onde nada é aceito se não se enquadrar no padrão estabelecido. Mas tudo é permitido quando isso dá prazer e satisfaz, então pode, sem restrição alguma, essa é a regra, independentemente de qualquer tipo de conceito predefinido, o que é tido hoje, pejorativamente, como mero preconceito de mentes retrógradas, atrasadas, que não evoluíram com o tempo.

Todos nós sabemos que há a necessidade de princípios que regulamente a vida em sociedade, para que a vontade de uma minoria não se sobreponha à vontade da maioria, quando um grupo, ou mesmo um indivíduo, em nome da “liberdade”, age a seu bel prazer, fazendo dessa sua suposta liberdade um ato de libertinagem. Isso acontece porque se relativiza a verdade, se não há absoluto, tudo é relativo, ou seja, a sua verdade não é a minha verdade, então, viva a sua verdade que eu vivo a minha verdade. Fazem do relativo a regra, mas o que é regra, se não há absoluto?! Isso é incoerente, pois aquele que afirma que não há absoluto se contradiz na sua própria afirmação.

Sim, a vida exige regras de conduta pré-estabelecidas como padrão que regulamente a moral e o bom senso da vida em sociedade. Nesse caso, a questão que se levanta é a seguinte: qual seria essa regra padrão e quem seria o seu idealizador ou legislador? É certo que dentre a humanidade não há um sequer que tenha condições de estabelecer a regra-padrão para todos, pois, nesse caso, ele próprio seria o modelo a ser seguido por todos os demais, mas, definitivamente, esse tal não existe entre os homens. Contudo, o padrão existe, e é sim a verdade. Mas a verdade de quem? de Deus! pois Ele mesmo é essa verdade: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.” (Dt 32.4). Assim, somente Deus, mediante a Sua infalível e absoluta verdade, pode estabelecer o padrão de vida para todo o ser humano. 

Por fim, o princípio regulamentador da verdade de Deus exige que “tudo deve se pautar pela decência e pela ordem” (1 Co 14.40). Jamais haverá ordem naquilo em que não há decência, pois esta levará, naturalmente, àquela, em caso contrário, o resultado será o caos moral e social, como uma sequência de causa e efeito, levando os homens a um comportamento reprovável do ponto de vista da decência e da boa ordem. O temor a Deus (amor, respeito e submissão), é a força propulsora que nos leva a viver dentro de Seus elevados padrões estabelecidos em Sua Palavra. Jó é um exemplo, ele se desviava do mal porque era um homem temente a Deus (Jó 1.1). Tal como Jó seremos nós nesta vida se, assim como ele, andarmos no temor do Senhor. Então, tanto o ser, como o fazer e o dizer, devem passar pelo crivo da verdade, da verdade de Deus.

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